Os transhumanistas desejam lutar contra o envelhecimento para se poder viver muito mais tempo com saúde. E se a morte fosse não mais uma obrigação, mas uma escolha?
Ouvimos dizer com frequência que os transhumanistas procuram a “imortalidade”.
Esta formulação não é exata, porque a imortalidade é um conceito relativo à metafisica. Porém, o nosso objetivo é muito concreto: abrandar o envelhecimento humano, e, porque não, o parar completamente ou mesmo o inverter. Preferimos falar de “amortalidade”, ou seja, o prolongamento radical da esperança de vida com saúde.
Dizemos desde já que não é de forma alguma obrigar as pessoas a viverem 100 anos suplementares ou mesmo sem limite de duração. Simplesmente, morrer deveria ser uma escolha, uma possibilidade para quem o desejar, e não algo de imposto. Uma morte escolhida e não uma morte sofrida.
Algumas pessoas consideram a vida deles como aborrecida, e não querem especialmente a prolongar. Outros, pelo contrário, acham que 1000 anos de vida não chegaria para fazerem tudo o que desejariam: existe tanta coisa para descobrir, aprender, experimentar, criar… Os transhumanistas pertencem a esta segunda categoria.
Existem numerosos projetos para estudar o envelhecimento e as possibilidades de o abrandar. Podemos citar a filial Calico da Google/Alphabet, ou a fundação SENS do especialista em gerontologia Aubrey de Grey. De maneira mais neutra, muitos laboratórios interessam-se ao estudo do envelhecimento como mecanismo biológico, para melhor o compreenderem.
Consideramos que “uma vida muito mais comprida com saúde” não deve ser um privilégio reservado a uma elite, e que esta possibilidade deve ser oferecida ao maior numero de pessoas.