O transhumanismo tecnoprogressista deseja melhorar a sociedade no seu todo: acessibilidade para todos, redistribuição dos lucros da produtividade…
O transhumanismo é composto de várias correntes. Transhumanismo Portugal segue as pisadas da sua “casa mãe”, a Association Française Transhumaniste “Technoprog”, e, como tal, faz parte da corrente tecnoprogressista, teorizada pelo especialista em bioética James Hugues.
O transhumanismo tecnoprogressista têm especialmente em conta a “questão social”. A pergunta é a seguinte: como podemos utilizar estas tecnologias para melhorar a sociedade no seu todo?
Uma critica feita com frequência ao transhumanismo é que ele só seria bom para uma elite, criando grandes desigualdades. Nós queremos que as tecnologias do transhumanismo sejam acessíveis a todos. Consideramos por exemplo que a luta contra o envelhecimento não deveria ser reservada aos laboratórios privados, mas também um objetivo de pesquisa e de saúde publica.
A cada vez maior automatização do trabalho é outra questão maior. A automatização é algo de positivo, mas com o paradigma económico atual, ela cria desemprego. Desta forma, podemos perguntar: como redistribuir os benefícios da automatização? Uma solução entre outras seria o “Rendimento de Cidadania”.
Também podemos citar a questão dos direitos de autor: num contexto transhumanista, seria problemático se as próteses ou os implantes cerebrais dependessem completamente de sociedades privadas. É, portanto, essencial estender a noção de “open source” (informática, mas também biológica, nanotecnológica…) para podermos controlar as tecnologias que nos queremos.